Pensa em alguém que ficou feliz com um e-mail. Agora multiplica por mil e você tem meu mood do dia. E o motivo? A Unilever Food Solutions me convidou para fazer uma série de posts aqui no blog com dicas de alimentação, como inovar naquele feijão com arroz do dia a dia e aquele upgrade básico na apresentação. Aproveitei para fazer uma maratona na cozinha e preparar várias receitas para ilustrar. Não vejo a hora de compartilhar todos os cliques.

Para quem não conhece, a Unilever Food Solutions está no mercado de 1880 ajudando chefs e cozinheiros amadores (como eu) a arrasarem na cozinha e no receber bem com comidas show de bola. Neste link tem mais da história deles, os produtos com os quais trabalham e várias dicas legais.

E, para começar, o tema não poderia ser outro, que não o meu forte: a APRESENTAÇÃO. Não tem jeito, você pode fazer um super prato, cheio de camarões, lagostas…, se o visual estiver feio, você já perdeu 60% do interesse de quem vai comer. E o contrário também é verdade. Muitas vezes, uma boa apresentação pode salvar uma receita sem muita elaboração, como um prato de arroz, feijão, bife e batata frita. Com ajuda da equipe da Unilever Food Solutions, reuni dicas valiosas do chef Raul Lemos, finalista da 2ª edição do programa Masterchef e chef da Cozinha Mení. Dá uma olhada:

(Ah, um parêntese: para ilustrar essa matéria, preparei este raviolli verde de espinafre recheado com mussarela de búfala e acompanhando de molho pomodoro. A receitinha esta neste link!)

1 – DEIXE LIVRE A BORDA DA LOUÇA

Chef Raul: “A borda do prato serve apenas para apoiar utensílios, por isso procure não usá-la para decorar as refeições. Mantenha o que for para enfeitar – como molhos e reduções – na área central.”

Eu: Concordo totalmente com o Raul, e ainda acrescento: pense o quão chato seria seu convidado sujar uma camisa branca com molho de tomate ao esbarrar, sem querer, na borda do prato. Se preocupar com o conforto de quem vai provar seu preparo é, para mim, uma questão de etiqueta.

2 – ESCOLHA A LOUÇA COM ATENÇÃO

Chef Raul: “Muitas vezes, não é necessário fazer um design super criativo na montagem das refeições. Optar pela louça certa, que combine com a personalidade do ambiente e do alimento servido, já funciona para a decoração ideal do seu prato.”

Eu: Sei que é difícil escolher a louça certa, principalmente para quem não conhece tão bem sobre o assunto. O que aprendi com chefs que já conversei é: leve em consideração molhos na hora de escolher peças com bordas maiores; Entenda a beleza da sua comida, se o visual for super importante, vale evitar pratos muito fundos, que escondem o alimento no centro, assim como os muito coloridos, que podem roubar a atenção do grande protagonista; Falando em pratos fundos, eles são bacanas para alimentos que precisam ser consumidos o mais quente possível, já que as paredes conservam a temperatura por mais tempo. Pratos rústicos ou aqueles que são verdadeiras obras de arte são imponentes, e pedem apresentações imponentes. Se forem a sua escolha, brinque, de leve, na disposição dos alimentos; Lembre-se que alimentos que precisam ser cortados, como carnes, precisam de espaço para isso; E, por fim, se ficar na dúvida, o branco é sempre uma aposta certa, que não vai nem decepcionar seu convidado, muito menos prejudicar seu preparo.

3 – NÃO ACUMULE SALADA NAS TRAVESSAS

Chef Raul: “Nos restaurantes, principalmente nos self-services, é importante que o cliente consiga observar que os vegetais para consumo estão frescos e bonitos. Por isso, não amontoe os alimentos nos pratos para caber mais. Deixe tudo visível e “respirável”. O mesmo vale para as refeições preparadas para receber convidados em casa, é importante abrir espaço para as folhas, legumes e verduras que estão nas travessas.”

Eu: Tem coisa mais feia que comida amontoada ou salada toda “amassada / quebrada”? E digo mais, quando a apresentação for em buffet, sou a favor de colocar plaquinhas dizendo tudo que há naquele prato. Me sinto constrangido pelo anfitrião quando vou jantar na casa de alguém, e o convidado descobre, da pior forma possível – comendo – , que tem algum ingrediente que ele não gosta ou é alérgico.

4 – SAIBA A MEDIDA IDEAL

Chef Raul: “Como dito na dica 1, a borda das travessas e pratos deve estar sempre vazia. Então, não lote o recipiente de comida, mas também não o deixe com aspecto vazio. Use o tamanho correto de louça para o alimento colocado, nada pode transbordar ou encharcar.”

Eu: Completando, é tudo uma questão de entender e prestar atenção no que você está cozinhando. Se precisa de espaço para cortar, não deixe pouco espaço. Quantidade, em gastronomia, está bem longe de qualidade. Comidas muito pesadas podem aparecer em menor quantidade, ao mesmo tempo que as mais leves e frescas, como saladas, legumes cozidos…, já costumam ganhar um espacinho maior.

5 – DECORE APENAS COM O QUE PUDER SER CONSUMIDO

Chef Raul: “Não coloque algo que não possa ser comido ou que não faça parte da receita. É legal, por exemplo, evitar pimentas inteiras nas travessas, assim como talos de alecrim e alfaces forrando bandejas de petiscos.”

Eu: Basta fazer uma leve reflexão: onde seu convidado vai colocar o que não for possível comer? Embaixo do prato? Na sua toalha limpinha? Entre o prato e sousplats? Como bem me disse um chef uma vez, se não tem na receita, não tem que estar na decoração. Outra sacada é pensar nos ingredientes mais coringas. Talvez, e isso só você vai saber, não seja tão legal investir em ingredientes com sabores muito marcantes na decoração, como, por exemplo, gengibre (tem quem ama, tem quem odeia).

6 – SEJA PRÁTICO

Chef Raul: “Na hora de servir os lanches, cuide para que tudo o que compõe o prato esteja dentro do pão, assim você evita que os alimentos “desmoronem” e os pratos permanecem limpos e livres de respingos. Além disso, escolha sempre os melhores ingredientes, mesmo que a receita seja simples, pois eles também contam a favor da sua apresentação.”

Eu: Como fotografo com frequência pães, como bruschetta (que amo), o que aprendi é que só se deve colocar os ingredientes bem na hora de servir. caso contrário, o pão vai ficar úmido antes da hora. Ainda sobre pães úmidos, deixe os ingredientes “molhados”, ou que soltam água, o mais longe possível do pão. Normalmente, coloco os tomates, picles e molhos entre a carne (ou proteína) e o queijo.

7 – TRABALHE OS CONTRASTES E CORES

Chef Raul: “Refeições com diferentes alimentos coloridos juntos são mais atrativas para quem irá consumi-las, seja nos restaurantes ou nos almoços e jantares para receber convidados em casa. Para manter as cores dos vegetais mais vivas, coloque-os em água fria depois da fervura.”

Eu: O único cuidado estético que tomo, quando aposto em alimentos bem coloridos, é preservar quem é o protagonista do prato (normalmente as proteínas). Os legumes e os tubérculos são muito bem-vindos, mas não em quantidades muito maiores que do protagonista, nem mesmo em grandes qualidades. Quando há mix deles, busco sempre deixar a explosão de cor para um deles. Quando coloco, por exemplo, beterraba, vou nos amarelinhos mais pálidos para acompanhar, como a mandioca.

E ai, o que acharam? No final, o chef Raul Lemos e eu ajudamos a surpreender seus convidados? Na próxima semana tem mais post a convite da Unilever Food Solutions. Enquanto isso, dá uma olhada nas outras dicas deles neste link!

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